Médicos oftalmologistas de Belo Horizonte atendem mais 1,2 mil pacientes para prevenir a cegueira causada pelo diabetes
Em Belo Horizonte (MG), aproximadamente 1,2 mil pacientes diabéticos serão assistidos até o fim de novembro pela 2ª Campanha do Diabetes. A iniciativa, organizada pelo Centro Oftalmológico de Minas Gerais, acontecerá na clínica MG Olhos, provendo de forma gratuita exame diagnóstico e tratamento a laser para a retinopatia diabética, complicação grave do diabetes que pode levar à cegueira. A ação faz parte das atividades em prol do Dia Mundial do Diabetes (14 de novembro), celebração que conta com a mobilização de oftalmologistas em todo o País e o apoio institucional do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO).
Em função da pandemia de Covid-19, neste ano, a primeira fase da iniciativa, programada para transcorrer de outubro até o fim de novembro, consistirá na triagem diagnóstica de pacientes encaminhados pela Secretaria Municipal de Saúde e previamente agendados. No dia 21 de novembro, acontecerá a segunda etapa da campanha, especialmente voltada à atenção dos pacientes detectados com alterações em sua saúde ocular.
Sempre em conformidade com os protocolos de segurança, a fim de evitar a disseminação do novo coronavírus, neste dia D, serão realizados os seguintes procedimentos: aplicação de laser para tratamento da retinopatia avançada; testes de glicemia; avaliação nutricional; e exame do pé diabético. “As duas fases de atividades foram concentradas nos pacientes com diabetes que já estão na fila da rede pública aguardando por tratamentos oftalmológicos. Por meio desse novo formato, pretendemos evitar aglomerações e o contágio pela Covid-19. Desde o início do projeto, temos atendido cerca de 25 pacientes ao dia”, informa a médica oftalmologista Juliana Orecife, uma das médicas a frente da campanha, que conta também com a parceria do projeto social Ver Além, da Prefeitura de Belo Horizonte e de empresas privadas.
Complicações – O diabetes é responsável por provocar alterações vasculares que afetam não somente os olhos, mas também rins, coração e membros inferiores. Conforme explica o médico oftalmologista Gustavo Heringer, um dos coordenadores do projeto, se não houver tratamento adequado, as complicações podem levar à cegueira, insuficiência renal, problemas cardíacos e amputação das pernas. “Nesse sentido, o exame para diagnóstico da retinopatia é fundamental. As alterações vasculares prevalentes no diabético são facilmente detectadas por meio da análise dos olhos. A investigação dos órgãos internos é mais complexa e dispendiosa, por isso, utilizamos os olhos como biomarcadores. Se há complicações na saúde ocular, há risco aumentado para outros problemas no organismo e ampliamos a investigação sobre a saúde daquele paciente”, diz o oftalmologista.
Campanha nacional – As ações em Belo Horizonte (MG) estão integradas a uma série de atividades capitaneadas por médicos oftalmologistas em todo o Brasil. Neste ano, em razão da pandemia de Covid-19, a maioria dos mutirões sofreu adaptações para oferecer assistência aos pacientes, de forma segura, minimizando os riscos de transmissão do novo coronavírus.
Para encerrar essa mobilização de prevenção, o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) prepara para 21 de novembro uma maratona de 24 horas de atividades nas mídias sociais. A ação digital, ancorada no canal do CBO, no YouTube, contará com a participação de usuários das redes sociais, que poderão enviar perguntas, depoimentos e comentários. Também serão apresentados reportagens, entrevistas e depoimentos de artistas, atletas e especialistas convidados.